segunda-feira, 11 de março de 2013

Ruas de barro no acesso à orla - Jornal do Dia







































Ruas de barro no acesso à orla

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Publicada em 10/03/2013 às 14:12:00
Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

O atraso na conclusão das obras de pavimentação de ruas do bairro Coroa do Meio, zona Sul de Aracaju, está gerando reclamações entre os moradores, que cobram a finalização dos serviços.
As obras estavam previstas para serem concluídas no mês de setembro do ano passado. Depois de muitos meses, várias ruas ainda estão sem calçamento, com bueiros abertos.
A coordenadora do Projeto de Olho na Coroa - Desenvolvimento social, Cultural e Ambiental, Elian Cruz, diz que o cenário em diversas ruas é de completo abandono, com matagal entre as casas, barro, poeira em dias de sol e lama em dias de chuva.
"Esta situação já perdura há muito tempo, causando transtornos aos moradores e turistas que frequentam o bairro. Aguardamos o processo de pavimentação para mudar este quadro", conta a ambientalista.
Ela ressalta que as obras já foram paralisadas em diversas ocasiões, usando como exemplo uma das ruas que dá acesso ao Museu do Mangue, na avenida perimetral. "Neste lugar, um bueiro já foi reaberto quatro vezes em uma obra interminável que leva poeira para dentro das casas e afeta um restaurante que fica na avenida", diz.
Os moradores já procuraram a prefeitura, que informou à população que a situação se agravou depois que a empresa Delta Construções, vencedora da concorrência para elaborar as obras, abandonou o trabalho por conta de denúncias de irregularidades identificadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em outras obras públicas realizadas pela empresa.
Em agosto do ano passado, a Empresa Municipal de Urbanização e Obras (Emurb) iniciou a atualização de planilha de custos para convocar a segunda colocada na licitação ainda naquele mês, com previsão do reinicio das obras para setembro ou outubro.
Diante de uma indefinição para conclusão das obras, os moradores estão preocupados como ficará o bairro nos próximos meses. "Sabemos que em breve temos o período do inverno, quando as ruas ficam inundadas e mais uma vez corremos o risco de aparecermos como um dos bairros com grande infestação de dengue. Sem pavimentação, o saneamento básico fica comprometido. As chuvas também prejudicam o andamento da obra, porque inviabiliza processos como escavação e terraplanagem", lembra Elian.
No ano passado, a Emurb chegou a anunciar que até o final de 2012 as obras seriam finalizadas. Enquanto o problema não é resolvido, ruas como Euclides Gois, Heriberto Rezende Gois e Jugurta Feitosa Franco continuam trazendo prejuízos ambientais e sociais à população. A inexistência de rede de esgoto, calçamento e iluminação está na lista de reivindicações da comunidade do bairro à prefeitura. 
De acordo com informações da Emurb, a prefeitura já abriu nova licitação para conclusão das obras. O órgão também informou que o plano de melhorias de saneamento básico no bairro é uma das prioridades da gestão municipal para este ano.
Além de problemas de infraestrutura, o bairro Coroa do Meio também enfrenta impactos ambientais causados pelo despejo do lixo nas ruas. Elian Cruz ressalta que mesmo com campanhas educativas e limpeza rotineira da prefeitura, muitos moradores continuam despejando lixo na via pública. "Falta maior participação da população para a limpeza do bairro", revela.

Museu do Mangue - A inauguração do Museu do Mangue na Reserva Ambiental do Bairro Coroa do Meio, na Avenida Desembargador Antônio Góis, é outra obra esperada com expectativa pelos moradores do bairro.
A inauguração faz parte da programação comemorativa do aniversário de Aracaju. "A entrega desta obra representa para nós, moradores, uma oportunidade do poder executivo perceber as demandas estruturantes do bairro", explica Elian.
Hoje recuperado pela PMA, o museu foi alvo de incêndio dias antes de ser inaugurado no ano passado. O fogo danificou vários equipamentos da estrutura. "Agora é preciso que o local tenha vigilância e manutenção", aponta Elian.
Em 2012, a Emurb iniciou a recuperação dos quiosques e banheiros do museu. A reforma foi feita com o objetivo de dificultar as ações de vandalismo. Antes, a cobertura do museu era de palha rústica, agora será de telhas planas de concreto. Os novos banheiros estão recebendo material mais resistente, assim como as paredes dos quiosques. Cerca de 10 profissionais trabalham diariamente, para que em breve a população possa desfrutar do espaço. As obras representam um investimento de cerca de R$ 432 mil.
O museu foi criado para proporcionar à população aracajuana uma nova opção de lazer, esporte e convivência social. Além disso, o Museu do Mangue foi construído às margens da maré do Apicum com o objetivo de promover a educação ambiental e a conscientização ecológica sobre a preservação das áreas de manguezais. A ideia é oferecer acesso a espaços que agreguem valores culturais, lúdicos e que despertem a consciência em defesa do meio ambiente

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Um comentário:

Unknown disse...

Ontem por volta das 18:00 h quatro viaturas da policia, guardas municipais e caminhão do lixo foram retirar os destroços que impedia o trafégo na rua Aloisio Campos e Valdemar Silva Carvalho. Os moradores revoltados com a falta de atenção do poder publico, resolveram impedir a ação e fizeram uma barreira humana, apresentando ao comando as pessoas que se prejudicaram com o acumulo de poeira. Trinta minutos ápos a rua estava toada de moradores solidarios com o protesto. A policia e o caminha do lixo se retiraram e até hoje as ruas permanecem interditados. Esperamos que as autoridade cometentes venhas iniciares as obras para acabar com o transtorno.